sábado, 27 de junho de 2009

Eu Não Existo Sem Você

“Eu Não Existo sem Você” – Música de Tom e Vinícius cantada por Maysa
Sábado frio e chuvoso, acordei tarde, sem planos, tranqüilo preparava meu desjejum e eis que, por telefone, meu amigo Daniel, um argentino que mora no norte da ilha, me telefona em busca de ajuda para fazer funcionar corretamente sua estufa, idêntica à minha (ambas adquiridas na Argentina) e que não estava queimando corretamente. Após trocar algumas informações, propus ir, após o desjejum, à casa dele tentar solucionar o problema e fazer uma visita a ele e sua filhinha de quase quatro anos, a Valentina, que uma vez publiquei em foto quando tinha seis meses (aparecemos ela e eu – alguém lembra? – linda!).
Pois bem, desligado o telefone, passam-se alguns minutos e ele me telefona novamente informando ter descoberto um erro na instalação e que já fizera a devida correção, estando o aparelho funcionando perfeitamente. “De qualquer maneira, agora que resolvi ir te visitar, vou”, disse-lhe eu. “Então está, vem e vamos tomar um mate!”
Enquanto fazia meu desjejum, pensei “que bom, vou sair de casa, encarar uma estrada, sair do marasmo” e fiquei refletindo sobre a questão da interdependência em que vivemos e sobre o lado benéfico dela. Se soubermos lidar com os apelos da vida, se soubermos lidar com os excessos e não nos irritar com as calmarias, como pode ser bom estar aqui, vivenciando os fatos exteriores e interiores. Como é bom quando um amigo nos chama ou nos visita – amigos se visitam sempre que a oportunidade se apresenta. Haverá riqueza maior do que a da amizade?
No plano espiritual, talvez, mas isto só vou saber depois que me desligar deste corpo que ora habito; por aqui o que me é mais rico é ter amigos, pessoas que me façam sentir que estou vivo, que existo. Como diz o Vinícius, usando outras palavras, “eu poderia suportar a carência de amores porém jamais conseguiria viver sem amigos”.
Pronta esta crônica, vou encarar a chuva que cai serena num dia um tanto escuro mas cheio de luz.
A música do título é romântica. Numa releitura e novamente “plagiando” Vinícius, digo: “Meu amigo, eu não existo sem você!”

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